sexta-feira, 13 de julho de 2007

Sua viaaaaaada!


Este é um texto redigido por Marcos*, um homem heterossexual que narra como aprendeu a lidar com a descoberta(suas duas melhores amigas da faculdade, Paula* e Gaby*, mantêm um relacionamento amoroso) narrada no post anterior.

Eu não disse que era engraçado?!

Na verdade o título não tem nada de pejorativo, o negócio é o seguinte:

Senti-me um "corno" que é o último a saber. Ao ser informado de detalhes, mais detalhes, ..., e muitos detalhes mais, perguntaram: - Você nunca desconfiou?

Então respondi: - É claro que não, havia porquê desconfiar?

Não posso negar elas eram as rainhas da discrição. Meryl Streep que nada...estas duas fingem, ou melhor, ocultam tão bem que ningém percebe...nem eu...(como se eu servisse de base).

Fui somando 2 com 3 e logo cheguei a algumas conclusões; do mesmo jeito que a gente faz quando assinte Onze Homens e Um Segredo.

- Ah! então quer dizer que naquele dia aconteceu isso?! Ahn... E naquele outro? Ahn...denovo!

Não para de chegar os "Ahns...", então tudo aquilo foi subindo à cabeça, e sendo que não havia outro xingamento disponível mais adequado, do nada esbravejei: - Sua viaaaaaada! Porque você me enganou, não me contou antes, e isso, ..., e aquilo, ..., e patati patata...

Ela olhou diretamente para mim (eu fiquei com medo da resposta...), e calmamente, é isso mesmo, calmamente disse: - Este termo não se aplica a minha condição atual. Para o termo 'viado', da forma que é utilizado neste contexto, não existe o feminino e esta palavra não é de forma alguma apropriada. Pode me chamar de LÉSBICA!

Depois disso o termo perdeu a graça...


Respeito é primordial!

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Uma Grande Descoberta


Este é um texto redigido por Marcos*, um homem heterossexual que descobriu que suas duas melhores amigas da faculdade, Paula* e Gaby*, mantêm um relacionamento amoroso.
"Sabia que algum dia isso viraria história. Esta versão é de quem assiste e ao mesmo tempo participa. Numa tarde ensolarada (leia-se muito quente), durante uma aula, diga-se de passagem interessantíssima, estava conversando com uma de nossas protagonistas, Paulinha, assuntos de ex-namorados(as) nossos e fui surpreendido ao ouvir minha amiga dizer: - Estou apaixonada. Com um brilho no olhar de quem tem convicção do que diz, logo emendei: -Quem?Onde?Quando?Como?Eu conheço?É alguem da sala? Entendam bem a minha posição respeitosa neste momento, apesar da minha condição masculina enquanto é conhecido o fato de que a conduta do homem moderno anda envergonhando qualquer homem decente. Logo após ela confirmou: -Sim, é alguem da sala. Obviamente olhei para os lados e gargalhei dizendo: - Não é fulano, é? Dentre as 1247 opções apenas fulano parecia ser o escolhido. E com um sorrisinho ela disse que NÃO ERA ELE. E em milésimos de segundo, milésimos mesmo, iguaisinhos aos da fórmula 1, eu vi uma troca de olhares. Ela olhava nossa outra amigA ao lado, Gaby.
Meu primeiro pensamento foi perguntar:-E você é correspondida?
Ela olhou novamente Gaby e disse:-Como eu nunca fui em toda a minha vida! A partir deste momento eu perguntei há quanto tempo elas se gostavam e recebi como resposta um grandioso : -Um ano e meio. No inicio não foi fácil a idéia entrar em minha cabeça. Para mim e para as minhas convicções isso era apenas engraçado e não o fim do mundo. E de engraçãdo passou a ser divertido. Ser amigo de um casal de lesbicas era bastante inusitado. Descobri que Tim Maia estava errado, É CLARO QUE VALE MULHER COM MULHER...
* Os nomes foram mudados para preservar a identidade dos envolvidos na história.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Sou Homossexual ---- Como seria apropriado me comportar?

Embora a homossexualidade seja um tema bastante discutido atualmente, é sabido que o preconceito ainda existe, portanto é interessante dar atenção a postura adotada.
Durante o período de auto aceitação, a mulher compreende que o fato de ser lésbica não implica em perder seus valores morais e éticos. Neste momento o seu comportamento deve evidenciar para as pessoas amadas que a mulher continua sendo uma pessoa íntegra, responsável e com moral elevada.
É interessante entender a diferença entre ser lésbica e ser transgênero.
A sociedade de uma forma geral tende a visualizar a mulher lésbica de uma forma masculinizada.
Contudo, de muito dependerá do comportamento da mulher.
No caso da lésbica, não há necessidade de um comportamento masculino, visto que ao contrario de querer ser igual a um homem, a mulher simplesmente relaciona-se amorosamente com outra mulher
No caso de mulheres transgêneros, aquelas que não estão satisfeitas com o próprio corpo e desejam ter características masculinas, apelando até mesmo para cirurgias, estas mulheres deverão se preparar emocionalmente para enfrentar algumas dificuldades.
É interessante salientar que este texto visa discutir alguns aspectos importantes da homossexualidade feminina, não ditar regras. Portanto, cabe ao leitor analisar e decidir qual é a melhor postura a adotar.
Após compreender que, embora seja lésbica é uma mulher e poderá agir como tal, vem a dúvida sobre se deve ou não esconder a homossexualidade.
Embora não precise sentir vergonha de ser homossexual a mulher deve ser criteriosa quanto a contar que é lésbica.
"Conhecidos", colegas de trabalho/estudo, vizinho, em fim pessoas com as quais convive mas não influenciam diretamente a vida da mulher, não precisam saber particularidades assim.
Contudo é importante que pessoas mais ligadas à mulher lésbica tome conhecimento de sua homossexualidade. Deve preceder à esse diálogo de esclarecimento uma preparação emocional.
Como contar será abordado em artigos próximos.
A mulher lésbica deve ter o máximo cuidado em expor sua homossexualidade no local de trabalho. Nem sempre é conveniente responder com um "sim" a uma pergunta do tipo: "Você é sapatão?". E ao contrario de mentir dizendo um grande "não", pode-se omitir, até mesmo respondendo com uma outra pergunta, como por exemplo: " Que diferença isso faz?".
Cada família tem parâmetros diferenciados, poucas reagem de forma postiva. Mas mesmo assim é importante ter discrição, principalmente quando a família dá abertura para que a namorada da mulher conviva no codidiano familiar. O respeito é conquistado à medida que é demonstrado pelo casal mediante os familiares.
No caso da mulher enfrentar problemas de preconceito junto à família, é necessário que seja prudente. A principal forma de pouco a pouco conseguir pelo menos respeito é sendo sincera e demonstrando maturidade suficiente para arcar com as consequências de sua escolha.
Em público a discrição deve ser mantida, não é necessário que a mulher ande trocando carícias ardentes, é melhor guardar essa parte do relacionamento para viver em um local apropriado. Até mesmo a exposição de carícias ardentes provenientes de casais heterossexuais constrange as pessoas e devem ser evitadas em público.
Mas no caso de um casal homossexual, ao falar de exposição de carícias em público deve-se lembrar também que pode existir agressão física por parte de algumas pessoas que por acaso presenciarem algumas cenas.
O comportamento em um relacionamento homossexual deve seguir as mesmas premissas de um relacionamento heterossexual, como a busca pela estabilidade, fidelidade, seriedade, compromisso, respeito, dignidade e tudo isso fundamentado no amor e não apenas em pura atração física.
A seguir textos redigidos por um homem heterossexual ao descobrir que suas melhores amigas são homossexuais e mantem um relacionamento amoroso.